Santos Dumont fecha pista para obras e deve perder alguns voos temporariamente para o Galeão

RIO - O fechamento da pista principal do Aeroporto Santos Dumont para obras, a partir do início de agosto, deverá fazer com que algumas companhias aéreas transfiram os voos por um período de 60 dias para o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão). De acordo com o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Marcelo Guaranys, as obras, que são administradas pela Infraero na pista principal e no pátio, são para melhorias nas condições do Santos Dumont, que desde março está aberto para mais voos além da ponte área Rio-São Paulo.

Guaranys assegurou que a pista principal opera em boas condições, mas que o objetivo da obra é melhorar ainda mais a qualidade. Enquanto a pista principal estiver em obras, as companhias aéreas utilizarão a pista auxiliar. Porém, diz Guaranys, o uso da pista auxiliar tem restrições:


- A restrição é quanto ao peso do avião, que deve ser reduzido em função da operação na pista auxiliar. O que pode acontecer é a transferência de alguns voos para o Galeão neste período - disse Guaranys, que participou, nesta sexta-feira, da abertura da Feira Nacional de Aviação Civil no Rio.

As companhias aéreas TAM e Gol vão transferir seus voos do aeroporto Santos Dumont para o Galeão enquanto durarem as obras. A TAM informou que deixarão de operar temporariamente no Santos Dumont 17 pousos e 17 decolagens por dia para as seguintes localidades: Brasília (5), Confins (4), Vitória (3), Curitiba (2), Salvador (1), Recife (1) e Aracaju (1), destinos para os quais estarão disponíveis partidas e chegadas no Galeão. A ponte aérea permanecerá em operação no Santos Dumont.

Nesta sexta-feira, a Gol já havia informado também que transferirá 17 saídas diárias para Brasília, Vitória e Minas Gerais para o Galeão e que a ponte aérea Rio-São Paulo continuará com operações normais.

Camada porosa da pista está vencida desde de 2007
No dia 8 de junho, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) notificou a diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para que adotem as medidas de segurança necessárias ao uso operacional do Aeroporto Santos Dumont. No documento, o senador comunica que, "na ausência da adoção das referidas medidas de segurança", Solange Vieira, da Anac, e Cleonilson Nicácio, da Infraero, seriam responsabilizados por qualquer problema de caráter operacional que viesse a ocorrer no Santos Dumont. A decisão de Dornelles foi motivada pela denúncia do Sindicato Nacional dos Aeronautas de que a camada porosa da única pista em uso no Santos Dumont está vencida desde dezembro de 2007. De acordo com o sindicato, as obras de ampliação do aeroporto não estendeu-se à parte operacional, o que dificulta a atividade com aeronaves.

Na época, a Infraero rebateu as críticas feitas pelo senador e afirmou que o Santos Dumont tinha todas as condições operacionais e de segurança e que o coeficiente de atrito do asfalto da pista do Santos Dumont estava dentro dos limites de segurança estabelecidos.

Fonte: O Globo

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